Madeira Engenheirada

ESTRUTURA

A madeira engenheirada, também chamada de madeira processada ou reconstituída, é um material construtivo de alto desempenho formado por partículas, fibras, lâminas ou peças de madeira natural unidas por adesivos industriais de alto desempenho. Essa tecnologia permite a criação de elementos mais resistentes, estáveis e versáteis do que a madeira maciça convencional, além de oferecer desempenho competitivo frente ao concreto e ao aço em diversas aplicações.

Pode ser empregada em estruturas de casas e edifícios (vigas, pilares e lajes), paredes e divisórias, pisos e forros, escadas e coberturas, painéis pré-fabricados e fachadas, construção modular e sistemas industrializados (off-site).

Com o avanço das normas técnicas e da engenharia de produtos, a madeira engenheirada já é uma solução viável para edifícios de médio porte e caminha para maior competitividade em prédios altos. Sua adoção é especialmente estratégica em projetos que priorizam sustentabilidade, industrialização, agilidade construtiva e redução da pegada ambiental.

Case de Referência

O maior edifício construído com madeira engenheirada até o momento é o Ascent Tower, localizado em Milwaukee (EUA). Concluído em 2022, o edifício possui 25 pavimentos e 86,6 metros de altura, utilizando CLT (Cross-Laminated Timber) e Glulam (Madeira Laminada Colada) como materiais principais.

Elementos metálicos foram empregados apenas em reforços localizados e nas fundações. A obra resultou em redução de até 50% nas emissões de carbono, em comparação com estruturas tradicionais de concreto e aço, e recebeu reconhecimento internacional por sua contribuição à inovação sustentável na construção civil.

Vantagens

  1. Sustentabilidade: Material renovável com capacidade de capturar e armazenar carbono. Gera menor emissão de CO₂ em sua produção em comparação ao concreto e ao aço;

  2. Alto Desempenho Estrutural: Apresenta excelente resistência mecânica e estabilidade dimensional. Pode substituir materiais convencionais em diversos tipos de estrutura;

  3. Precisão e Industrialização: Ideal para sistemas off-site, com alta produtividade, menor geração de resíduos e montagem em tempo reduzido;

  4. Leveza: Reduz significativamente as cargas nas fundações e simplifica o transporte e o içamento de componentes;

  5. Estética Arquitetônica: Valoriza o projeto com aparência natural, oferece aconchego e se integra com conceitos de biofilia.

Mesmo com algumas exigências técnicas, seu uso já é considerado viável para edificações com até 100 metros de altura, com tendência de crescimento em escala global.