Piso Gerador de Energia

Publicado em 2025

Em busca de soluções sustentáveis e inovadoras, uma empresa inglesa desenvolveu, ainda em 2009, uma tecnologia capaz de transformar o movimento das pessoas em energia elétrica. O conceito nasceu do desejo de seu fundador de criar uma alternativa limpa de geração de energia, aproveitando o fluxo de pedestres em locais de grande circulação.

Após mais de 350 protótipos, a empresa chegou ao modelo atual: plataformas triangulares interconectadas, que abrigam pequenos geradores em cada um dos três cantos. Cada vez que uma pessoa pisa sobre os ladrilhos, rodas internas são acionadas, girando em alta velocidade para converter energia cinética (do movimento) em energia elétrica, que pode ser armazenada em baterias ou utilizada diretamente para alimentar sistemas de baixa demanda.

Cada passo gera entre 2 e 5 joules de energia, uma quantidade considerada baixa isoladamente. Para efeito de comparação, uma lâmpada comum consome cerca de 60 joules por segundo. No entanto, em ambientes com alto fluxo de pessoas, o acúmulo dessa energia pode se tornar significativo e útil.

Instalações já foram realizadas em aeroportos, universidades, ruas urbanas e centros comerciais em diversos países da Europa, Ásia e Américas.

Aplicações e benefícios

Embora a tecnologia não tenha como objetivo o abastecimento de cidades ou demandas industriais, ela já se mostrou viável em projetos pontuais, como:

  • iluminação de espaços públicos e calçadas;

  • Ativação de instalações interativas (como pistas de dança ou exposições);

  • Apoio a eventos temporários, como festivais e jogos esportivos;

  • Monitoramento de fluxo de pedestres, utilizando sensores integrados aos pisos.

Vantagens:

  1. Energia limpa e renovável: aproveita um recurso subutilizado, o caminhar das pessoas;

  2. Interatividade e engajamento: transforma espaços em experiências tecnológicas e sustentáveis;

  3. Coleta de dados: permite monitoramento em tempo real do tráfego de pessoas;

Desafios:

  1. Custo inicial: como toda tecnologia emergente, ainda apresenta custos elevados, especialmente em projetos de larga escala;

  2. Eficiência limitada: exige grande volume de tráfego para gerar energia relevante;

  3. Durabilidade e manutenção: é essencial garantir desempenho contínuo em ambientes com uso intenso e intempéries.